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Longas notas morais sobre A BALEIA

    Ou bem ele é um comentário sobre o direito ao suicídio e então estaríamos diante do mais cruel e lento de todos, notadamente para quem está ao redor, o que significa um ataque aos suicidas, o que me parece covarde, visto que já se foram, ou é uma constatação de que não há como evitar a morte e então o personagem apenas acelera um processo em que ele não vê mais sentido. Nenhuma das duas hipóteses é realmente assumida com coragem por esse filme.

    A SUBSTÂNCIA: A Mosca encontra The Morning Show

      Vale o tempo de 2h20, apesar de certos trechos bastante previsíveis como constado no desfecho: há um ponto do filme em que já se sabe no que aquilo tudo vai dar. E talvez seja essa mesma a ideia didática – didatismo que é a parte desinteressante aqui – propondo uma espécie de “crônica de uma morte inevitável” da beleza e do glamour à que todos estão sujeitos.

      “Estoicismo indígena” e aculturação em Assassinos da Lua das Flores

        A personagem Molly é sensacional demais: a gente fica em dúvida sobre sua perspicácia para se livrar daquele traste de marido mas ao mesmo tempo percebemos nela uma certa “ingenuidade dos povos indígenas”, uma afetividade bonita, daí o título desse artigo, “estoicismo indígena” que, por falta de criatividade, adotei. Depois de suportarmos 3h30 de tanto sofrimento me lembrei de cenas lindas como a do silêncio na tempestade em que Molly pede que Ernest apenas fique calado e escute a força da chuva.
        Isso é estoicismo, suportar e aceitar as adversidades da vida e aproveitar pequenos momentos de beleza.

        “Fale comigo verão” e o cinema como registro de amor

          Saí da sala em êxtase depois de ouvir conversas engraçadas e até certo ponto provocativas sobre amizade, futuro e … memória? De um modo bastante curioso a obra é um exercício de futuro do pretérito: um grupo de amigos, jovens cineastas, lança um olhar sobre seu presente a partir das memórias e registros do passado. Onde estavam há 10 anos atrás e onde estarão daqui 10 anos?

          Arte da "Noitada" de sexta.

          De volta para o passado: back to the 90’s

            Na próxima sexta dia 21/04 vou fazer um set “Back to the 90’s”, numa festa no 92Graus, o bar mais underground de Curitiba. Vou discotecar junto com Os Valletes e as Capetassauras, duas bandas divertidíssimas. Mas na real eu não tive anos 90. Meus 90 começaram nos 2000, 2005 e 2006 quando comecei a ouvir Strokes. Nesse caso, porém, eu não tava tão atrasado porque as bandas indies de NY começaram no final da década de 90. Eu tive então um atraso de “apenas” uns 5 ou 6 anos. Mas os 90 mesmo eu tive só um pedacinho: no meio da década tinha lá o REM, Mamonas, Engenheiros do Hawaii (que a galera “cult” da música odeia) e uns ecos do Raimundos lá longe.